5 - Poupe para gastar mais do que imaginava
Além das técnicas de reprodução serem caras, é preciso ter sempre em mente que o investimento pode se estender mais do que o imaginado. “Muitas vezes, a mulher terá que tentar outras vezes e gastar não só mais tempo como também mais dinheiro”, lembra Kátia. Porém esse fator não anula o desgaste físico e emocional como o primeiro motivo para abrir mão de ter um filho. Mesmo na Europa, onde clínicas socializadas oferecem até seis tratamentos de fertilização totalmente gratuitos, metade dos casais, em média, desiste após o segundo ou terceiro resultado negativo.
6 - Divida os problemas com o parceiro e reduza, assim, seu estresse
As pessoas são preparadas, desde a infância, para um dia desempenharem o papel de pais. No caso feminino, essa cobrança é ainda maior. “A mulher cresce com o pensamento de que um dia será mãe. Imagine o trauma causado se ela se descobre infértil. É uma crise tremenda”, diz Cardim. Segundo pesquisas recentes, a paciente que sofre de infertilidade pode chegar a um grau de estresse comparável ao de portadoras de aids ou câncer. Sentimentos de culpa, fracasso, ansiedade, depressão, irritabilidade e frustração são bastante comuns nessa fase. “A mulher geralmente consegue realizar tudo: se quer passar na faculdade, estuda. Se quer um emprego, batalha. E, se gosta de alguém, conquista. Já a gravidez, por mais que seja desejada, parece estar fora de seu controle”, compara Cardim.
A melhor maneira de não transformar esse período em um pesadelo é enxergar além do problema e trabalhar para que a maternidade não seja o único foco na vida do casal. “Costumo dizer às minhas pacientes que a vida não se resume ao útero e ao ovário. Os dois precisam dar valor ao relacionamento, à família e aos amigos”, aconselha Cardim. Apesar de apenas 10% das causas de infertilidade não estarem relacionadas a problemas físicos, a questão emocional deve ser tratada com muita atenção. “Ainda não sabemos as razões por trás desses casos específicos e o quanto o lado psicológico afeta o resultado, mas é certo que, quanto mais o casal dividir seus problemas com um especialista e receber a orientação devida, maiores são as chances de um tratamento bem-sucedido”, afirma Freitas.
7 – Compartilhe as frustrações por meio de terapias convencionais ou alternativas, como a ioga e a dança
O ideal é que todos os casais em tratamento busquem apoio psicológico, mas há situações em que o desgaste emocional pode ser ainda maior, como nos pacientes submetidos a terapias que exigem a recepção de óvulos e embriões ou barrigas de aluguel. “A assistência psicológica também é útil quando um dos parceiros sofre algum tipo de depressão ou tem um histórico de distúrbios psiquiátricos. Mães solteiras e homossexuais também merecem ser acompanhadas de perto”, lembra Freitas. Muitas clínicas também oferecem terapias alternativas, como acupuntura, dança e ioga, para complementar o tratamento. “O fundamental, acima de tudo, é que o casal se sinta à vontade para compartilhar suas emoções e frustrações e aprenda a compreender as etapas do processo, sem expectativas fantasiosas”, diz Kátia.
8 - Deu certo... Mesmo assim, continue a buscar
“Os três meses após a descoberta da gravidez ainda são delicados porque o risco de aborto é maior, já que a gravidez não está 100% consolidada”, lembra Kátia. Mesmo depois desse período, é interessante que a mulher continue sendo acompanhada para aprender a lidar com questões que, até então, haviam ficado em segundo plano. “Um psicólogo pode orientar o casal sobre como contar à criança a respeito da forma como foi concebida”, exemplifica a especialista. Se possível, o acompanhamento deve ser permanente. Assim, pai e mãe estarão habilitados a trabalhar seus conflitos e, juntos, conseguirão criar e educar esse filho tão aguardado.
Fonte:bebe.com.br
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